O direito de realizar a adaptação cinematográfica dos dois musicais havia sido comprado pela empresa de Harvey Weinstein, que pediu falência no último mês de março, após inúmeras acusações de assédio sexual de seu fundador. As informações são do Deadline.
A escritora de “In The Heights“, Quiara Hudes, havia se manifestado contra a adaptação do musical pela The Weinstein Company após a revelação do escândalo sexual envolvendo o fundador da estúdio. “Como mulher, não posso mais fazer negócios com a The Weinstein Company“, afirmou a autora em seu twitter no último mês de outubro. “Infelizmente, meu musical In The Heights está preso com a empresa. In The Heights é parte do meu coração e minha alma. Eu o criei sobre respeito, comunidade e solidariedade. Espero que a The Weinstein Company tenha elegância o suficiente, com o surgimento dessas revelações, para respeitar meu ideal como mulher e nos permita separar In The Heights da empresa. In The Heights merece um novo começo em um estúdio onde me sentirei segura (assim como meus atores e colaboradores).”
O sentimento foi compartilhado por Lin-Manuel Miranda, compositor de “In The Heights” que repostou a mensagem da autora com a mensagem “como sempre, Quiara faz a prosa melhor. Ela fala por nós dois“.
Entretanto, os direitos reverteram para os autores após a empresa não iniciar a produção do filme até o final de 2017 e, portanto, não está atrelado ao processo de falência da companhia. Os direitos do musical, que venceu quatro Tonys, incluindo Melhor Musical, foram comprados após o estrondoso sucesso de “Hamilton“, também composto por Lin-Manuel Miranda. De acordo com o Deadline, o projeto é que os direitos sejam oferecidos para outras empresas, com foco principal na Disney, onde Lin-Manuel tem vários projetos recentes, incluindo “Moana“, “Mary Poppins Returns” e o live-action de “A Pequena Sereia” e a Warner Bros, onde o diretor da adaptação cinematográfica de “In The Heights“, Jon M. Chu, acaba de terminar o filme “Crazy Rich Asians“.
A reaquisição de “Pippin” se deu de maneira similar. O projeto, que estava em desenvolvimento por Harvey Weinstein há mais de 10 anos, sofreu com o atraso em seu desenvolvimento. Além disso, Rob Marshall, diretor de “Chicago”, estava interessado em dirigir, mas se recusava a trabalhar novamente com Harvey, após a complicada produção de “Nine“.
Se aproveitando da demora no desenvolvimento, os autores Stephen Schwartz e Roger O. Hirson cobraram progresso na adaptação em outubro do ano passado, no início do escândalo da The Weistein Company. Com todos ocupados com o escândalo, a data limite cobrada pelos autores do musical, que foi indicado a Melhor Musical no Tony Awards de 1973 e ganhou o Tony Award de Melhor Revival em 2013, não foi respeitada, e os direitos da adaptação foram reclamados logo antes da companhia abrir o processo de falência. Planos futuros para “Pippin” também envolvem oferecer o projeto para outros estúdios em breve.
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