“A Cor Púrpura”: Últimas semanas em cartaz em São Paulo

O sucesso de público e crítica está em cartaz no Theatro NET São Paulo.

Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

“A Cor Púrpura” é baseado no romance de Alice Walker lançado em 1982, que se tornou filme em 1985 com direção de Steven Spielberg e nomes como Whoopi Goldberg, Oprah Winfrey, Margaret Avery e Danny Glover no elenco, recebendo 11 indicações ao Oscar.

Em 2005, a adaptação musical da obra estreou na Broadway, com libreto escrito por Marsha Norman e com músicas e letras por Brenda Russell, Allee Willis e Stephen Bray. O musical foi indicado a 11 Tonys e LaChanze venceu o de Melhor Atriz em Musical por sua Celie.

10 anos mais tarde, em 2015, um revival estrelando Cynthia Erivo arrebatou a Broadway, sendo indicado a 4 Tonys e levando dois: Melhor Revival de Musical e Melhor Atriz em Musical, para Cynthia (que este ano concorre a 2 Oscars por “Harriet”).

E finalmente, em 2019 o Brasil recebe sua primeira montagem do espetáculo, que foi um sucesso em sua temporada no Rio de Janeiro, contribuindo para o crescimento de público na Cidade das Artes enquanto esteve em cartaz nos meses de setembro e outubro.

Desde dezembro, o poderoso elenco têm arrebatado o público paulista, onde o musical segue em cartaz somente até 16 de fevereiro no Theatro NET São Paulo, com direção de Tadeu Aguiar e elenco encabeçado por Letícia Soares, que vem sendo aclamada por sua Celie.

Ester Freitas como Nettie e Letícia Soares como Celie. Foto: Divulgação

Nas quase 3 horas de espetáculo, acompanhamos a dura trajetória de Celie, uma mulher negra vivendo na Geórgia durante a primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Harpho – Alan Rocha), lavar, passar e trabalhar sem remuneração.

Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie (Ester Freitas) e passa a morar com o marido Mister (Sérgio Menezes). Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Lilian Valeska) e Shug (Flávia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer.

A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher.

Completam o elenco: Analu Pimenta (Squeak); Suzana Santana (Jarene); Erika Affonso (Doris); Cláudia Noemi (Darlene); Caio Giovani (Grady Ensemble); Leandro Vieira (Chefe da Tribo Olinka Ensemble); Gabriel Vicente (Bobby Ensemble); Thór Junior (Pastor Ensemble); Renato Caetano (Soldado Ensemble); Nadjane Pierre (Solista da Igreja Ensemble).

As versões são de Artur Xexéo, com direção de Tadeu Aguiar, direção musical de Tony Lucchesi, produção de elenco de Marcela Altberg, cenário de Natalia Lana, figurinos de Ney Madeira e Dani Vidal, coreografias de Suely Guerra e produção de Tadeu Aguiar e Eduardo Bakr da Estamos Aqui Produções Artísticas.

A montagem brasileira já acumula 2 indicações ao Prêmio Shell – incluindo Letícia Soares na categoria atriz, 11 indicações ao Prêmio Botequim Cultural, 1 indicação ao Prêmio Faz Diferença Teatro do O Globo e esse é só o começo, provavelmente veremos o espetáculo sendo indicado em mais prêmios no decorrer do ano.

Após a temporada em São Paulo, é esperada uma turnê que já tem datas anunciadas para Salvador entre 5 e 8 de março. Mais datas devem ser divulgadas em breve.

Serviço

Sexta – 20h30

Sábado – 17h e 21h

Domingo – 19h

Preços:

Plateia: R$ 220 (inteira) / R$ 110 (meia-entrada / clientes NET)

Balcão Nobre: R$ 170 (inteira) / R$ 85 (meia-entrada / clientes NET)

Balcão: R$ 75 (inteira) / R$ 37,50 (meia-entrada / clientes NET)

Vendas online: Sympla

Até 16 de fevereiro.

Duração: 180 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

 

 

 

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