Ouça todos os álbuns dos musicais da temporada 2016/2017!

Garantimos algumas horas de muita música boa!

Depois de assistir ao Tony Awards, sempre dá uma vontade de ouvir e assistir todos os musicais que se apresentaram e que levaram prêmios, não é mesmo?

Por isso, nesse post vamos reunir todos os álbuns dos musicais que receberam indicações ao Tony e também daqueles que foram esquecidos no churrasco (Comentamos sobre esses musicais nesse vídeo). Para alguns dos álbuns, trouxemos comentários e pitacos pessoais do nosso redator Rodrigo Cavalheiro.

Começando com o grande vencedor da noite, “Dear Evan Hansen”

O musical da dupla de compositores mais querida do momento – Pasek & Paul – e que se tornou o queridinho do ano com uma diferença: também é sucesso de bilheteria.

O musical começa rápido, embora as letras não sejam exatamente felizes. A confusão das duas mães é perfeitamente exemplificada nas letras e as letras rápidas das duas mães completamente diferentes chega a ser irônico. Waving Through a Window é aquele hino contemporâneo, né? For Forever é bem bonitinha com o Evan imaginando o que é uma amizade típica de ensino médio e sendo bem errado. A voz do Ben Platt já pode substituir a voz do Google (e de preferência cantando). Words Fail é uma conclusão emocional simplesmente linda. Embora seja um musical com trilha curtinha ainda falta uma música, a reprise de Sincerely, Me. A Finale também fica meio xoxa só com a música. Talvez com a cena toda fique melhor.

Destaques:

Waving Through a Window

For Forever

Requiem

Words Fail

O vencedor de Melhor Revival, “Hello, Dolly!”

O famoso musical de 1964 (e mais conhecido pelo filme com Barbra Streisand) volta à Broadway pela quinta vez (sendo a primeira produção na Broadway que não abre com Carol Channing no papel da esperta viúva). Aqui, temos outra grande estrela: Bette Midler. No Brasil, já tivemos as grandes Bibi Ferreira e Marília Pêra dando vida à querida Dolly.

Típico dos musicais veteranos, o CD já começa com um prólogo delicioso (faz falta, viu, queridos compositores?). A música de Hello, Dolly! envelheceu muito bem e Bette soa fantástica no papel. Put On Your Sunday Clothes tem um ensemble incrivelmente forte e soa muito gostoso. O Entre’Acte fez falta, ainda mais num CD tão curtinho (o primeiro ato passa num sopro). A re-adição de Penny in My Pocket faz favores ao Horace Vangergelder e David Hyde Pierce soa maravilhoso. Hello, Dolly! faz jus à grandiosa produção e Bette Midler simplesmente se derrama em So Long Dearie (talvez eu tenha preferido até mais do que a da Barbra… talvez).

Destaques:

Put On Your Sunday Clothes

Before the Parade Passes By

Hello, Dolly!

So Long Dearie

“Come From Away”

Quem diria que o 11 de setembro consegue virar um musical não depressivo? Apesar das maioria das músicas serem bem curtas elas são super eficientes em contar a história. Apesar de ter sido gravado em estúdio, os atores ainda convencem em seus papéis ao invés de se preocuparem em soar bem. EU NÃO ACREDITO QUE A BEVERLEY INVENTOU O FEMINISMO. No final do CD, minha única sensação é que eu PRECISO ver isso ao vivo.

Destaques:

Welcome to the Rock

28 Hours/Wherever We Are

I Am Here

Me and the Sky

38 Planes (Reprise)/Somewhere in the Middle of Nowhere

“Natasha, Pierre & The Great Comet Of 1812”

Começa bom, muito bom. É como se Jekyll & Hyde se encontrasse com Urinal. O clima continua atrevido, mas se torna mais profundo. As músicas fazem um ótimo trabalho em te transportar pra Rússia. Mesmo pra quem não conhece nada sobre a Rússia, a música é exatamente o que se esperaria para gerar o clima russo. Em Moscow o clima começa a cair um pouco e a música parece um pouco arrastada, mas não por muito tempo. The Private and Intime Life of the House É PERFEITA pra dar o clima que a música busca e é uma reviravolta musical até impressionante. No One Else é um hino de primeira categoria e merece ser aclamado como tal. Denée QUE VOZ. Algumas coisas com certeza se perdem entre o palco e o CD, pois fica bem difícil de compreender a intenção de certas músicas, como The Opera. Outras, por mais loucas que pareçam, são incrivelmente fáceis de entender a intenção, como The Duel, que é intoxicante só de ouvir. Embora Dust and Ashes pareça meio longa pra um CD, eu quase levantei e aplaudi o spotify mesmo no final. As emoções continuam sendo incrivelmente representadas através das músicas, incluindo a briga de Natasha e Sonya em Sonya & Natasha e a solidão de Sonya em Sonya Alone. Balaga: oi? O caos em The Abduction é incrivelmente divertido musicalmente e acompanha maravilhosamente a loucura que parece acontecer no palco. O clima esquenta muito bem em Find Anatole, mas tenho problemas em deixar a voz do Josh Groban me convencer. Ele canta tão perfeitamente que chega a ser perfeito demais em certas músicas, mas não é o caso de The Great Comet of 1812, que encerra o CD de maneira linda, com o despertar de Pierre.

Destaques:

Prologue

The Private and Intime Life of the House

Dust and Ashes

Sonya Alone

“Falsettos”

Como não amar Christian Borle? Pesquisar. Apesar de parecer longo, Falsettos foi composto como dois musicais separados de um único ato (March of the Falsettos e Falsettoland). E são definitivamente divertidos. O menino que faz o Jason é MARAVILHOSO (e o Jason é o melhor personagem). O CD contêm a peça inteira (que é toda cantada), então é fácil entender a história só ouvindo as músicas, o que também te faz se emocionar só com o final do CD. Um elenco talentoso, maravilhoso e uma das peças pelas quais estou iniciando o abaixo assinado pra montarem aqui. PBS LIBERA ESSA GRAVAÇÃO. O final me lembrou Super Heroes, de Rocky Horror Show.
Destaques:

I’m Breaking Down

Trina’s Song

The Games I Play

I Never Wanted to Love You

Father to Son

What More Can I Say?

Holding to the Ground

Unlikely Lovers

What Would I Do?

Falsettoland (Reprise)

“Miss Saigon”

Embora gravado ao vivo em Londres, o trio de protagonistas nos dois polos de musicais é o mesmo – Eva Noblezada, Jon-Jon Briones e Alistair Brammer e Rachelle Ann Go também foi transferida de um país a outro com sua incrível Gigi. Além de um elenco magnífico, a orquestra aqui é super poderosa e, talvez por ser ao vivo, tem um quê a mais que eu nunca achei no cast recording com Lea Salonga. No geral, é uma gravação que te aproxima bem do que é apresentado no palco ainda que faltem os outros elementos.

Destaques:

The Heat Is On

The Movie in My Mind

I Still Believe

You Will Not Touch Him/This is the Hour

The American Dream

“Groundhog Day”

Overture poderosa: gosto. Depois disso, Day One……….. sério? 10 minutos? Ou isso vai melhorar muito ou eu certamente não estou entendendo alguma coisa. A repetição de Day One e Day Two são engraçadinhas (mais pelas reações do protagonista do que pela música). Tem seus pontos altos, mas no geral eu achei… fraco. Talvez no palco seja outra coisa, mas não me conquistou no CD.

Destaques:

Playing Nancy

If I Had My Time Again

“Amélie”

Começa bonitinho, mas meio repetitivo (meio que me lembra Opening Up, de Waitress). Continuei procurando alguma coisa pra escrever, mas é tão ok. Simplesmente ok. Não tem defeitos, mas não tem qualidades. Bonitinho, mas não faz diferença. Não é um CD que você ouve e odeia ou ama, mas não é um que faz diferença ouvir de novo. Algumas músicas parecem grandes demais e outras parecem que estão ali pra ocupar espaço (oi, Goodbye Amelie). As músicas parecem meio aleatórias até o casal deslanchar, mas mesmo assim não sai do “bonitinho”.

Destaques:

How to Tell Time

Stay

“War Paint”

“Charlie and the Chocolate Factory”

“Irving Berlin’s Holiday Inn”

“Anastasia”:

Ainda não está disponível no Spotify, mas você pode ouvir por stream clicando aqui.

E aí, qual o seu favorito? Conta pra gente nos comentários!

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